Florisval Elias Santos Neto, um jovem comunicador social, fotógrafo e produtor cultural residente de Serra Grande, está comemorando uma conquista notável em sua carreira. Aos 28 anos, ele alcançou o terceiro lugar no Student World Impact Film Festival (SWIFF) com seu emocionante documentário intitulado "Memento Vivere". Nascido da ausência de representação LGBTQIA+ no audiovisual, o projeto destaca as experiências de homens gays, negros e em processo de envelhecimento. A vitória no SWIFF não apenas traz reconhecimento internacional, mas também abre portas para novas oportunidades e desafios emocionantes para o cineasta talentoso.
Ao ser questionado sobre suas emoções ao receber esse prêmio, Florisval expressou surpresa e alegria. "Eu nunca imaginei que chegaria tão longe com o meu TCC. Quando recebi a notícia dos prêmios internacionais, eu simplesmente surtei! Tô bem feliz com tudo isso e muito honrado desse reconhecimento!", compartilhou entusiasmado.
O documentário "Memento Vivere" nasceu da paixão de Florisval por preencher uma lacuna no audiovisual. Ele buscava representar a jornada de envelhecimento de pessoas LGBTQIA+, particularmente homens gays, negros e suas experiências singulares. "A ideia era mostrar que envelhecemos diariamente e a velhice não é o fim da vida, ela acontece a todo tempo", explicou o cineasta. Além disso, o documentário também funcionou como um meio de enfrentar o luto pela perda de seu pai em janeiro de 2021, permitindo-lhe explorar o processo de aceitação e transformação pessoal.
Os desafios que Florisval enfrentou durante a produção do documentário foram significativos. Produzido durante a pandemia, ele teve que lidar com a solidão e a ausência de uma equipe de produção. Mesmo assim, ele perseverou, mergulhando na profundidade do projeto e se entregando a cada aspecto da criação. "Além disso, o prazo curto... mas no final deu tudo certo e eu tenho muito orgulho do que conseguimos produzir", disse ele, destacando o senso de realização que acompanhou a conclusão do projeto.
Com relação ao impacto do prêmio em sua carreira como produtor cultural, Florisval demonstrou humildade e gratidão. Ele reconheceu que, após o SWIFF, várias oportunidades de participação em projetos significativos e propostas de emprego surgiram. Ser o único brasileiro a subir ao pódio em sua categoria internacionalmente repercutiu de maneira impressionante em seu currículo e reconhecimento profissional.
As influências que moldaram a abordagem artística de Florisval incluem nomes notáveis como a documentarista Petra Collins e os cineastas Darren Aronofsky e Luca Guadagnino. No âmbito local, ele encontra inspiração em colegas da graduação e em sua orientadora, Profa. Bethânia Barreto, que compartilham uma visão singular para o audiovisual e o documentário.
Quando questionado sobre o papel da cultura e das artes na sociedade contemporânea, Florisval foi direto: "Essenciais! Sem delongas, a arte e a cultura são essenciais e deveriam ser muito mais reconhecidas!"
Olhando para o futuro, Florisval revelou seus planos ambiciosos. Além de uma série ficcional com temática de terror, ele planeja continuar sua pesquisa sobre o envelhecimento de pessoas LGBTQIA+ e produzir uma série documental que destaque histórias de personagens importantes em sua comunidade.
Para aspirantes a produtores culturais que buscam sucesso e reconhecimento, Florisval oferece um conselho inspirador: "Sonhem, e sonhem alto! Mesmo quando tudo seja contrário... Se apoie nos amigos, principalmente aqueles que correm junto com você, e se precisar chorar, gritar e surtar um pouco, faça isso!"
A jornada de Florisval Elias Santos Neto é um testemunho inspirador de como paixão, perseverança e criatividade podem pavimentar o caminho para o reconhecimento e o sucesso no mundo da produção cultural e cinematográfica. Sua contribuição à representação LGBTQIA+ e à expressão artística continua a ressoar não apenas em sua comunidade local, mas também em âmbito internacional.
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